ϟ Sonho de Jornalista

        
           "Já não existe Homem como Antigamente"...

Não venha dizer que elas se tornaram difíceis, 

vocês que tornaram isso possível. 

O que seria do carnaval, sem a típica cena daqueles que aproveitam dos dias de folia para pegar umas? Na concepção deles, é o momento do ano perfeito, pela facilidade de manipular com cantadas baratas, sem perder muito tempo. Prometendo a vítima de que quando chegar da curtição vai está sóbrio o suficiente para ligar, e até mesmo, lembrar do nome e adicionar no facebook. Alegando que agora as mulheres estão em um contexto distinto de uma desenvoltura diferenciada onde também procuram a mesma sede.

Claro que possuem essa necessidade.  Isso é algo normal. Mas, não possuem seus cérebros conectados a isso 24hs e na maioria das vezes vão para a folia apenas para se divertir. Ao contrário daqueles que tem por objetivo de tirar a barriga da miséria, “no popular”. São notáveis, os comentários inocentes das moças de encontrar um grande amor em meio ao barulho dos trompetes, dos blocos pelas ladeiras da cidade, através dos pingos de chuvas cobrindo rostos, para que ao ver aquele, seja relato como cena de filme, em que a câmera roda em torno das duas pessoas mostrando de como foi de fato especial. E ainda têm pessoas que querem retratar os homens em geral, como seres ingênuos, que só necessitam de carinho.

Assisti a uma situação que me inspirou a esse texto.

No posto de gasolina, comprando umas bebidas para começar a animar, deparo-me com um carinha de aparência enjoativa, que quando me viu encheu o peito para dizer que tinha, e pegou o celular olhando para mim. Eu observava.  Mulheres têm o privilégio da visão periférica.  Mas, nem precisou usar desses meus poderes. Foi só escutar a conversinha dele, que deu para perceber que o papinho era para não deixar a mulher com a pulga atrás da orelha.

Ele: “Meu amor, você é minha princesa. Eu te amo, baby. Não sei o que houve com meu celular, o chip deve ter queimado. Já falei com meus amigos paixão, vamos noivar mês que vêm. Já, já chego à nossa casa, na nossa caminha. Tô bebendo com eles. Terminando. Só isso amor da minha vida”. Desligou o celular e me olhou de cima em baixo, e ainda teve a coragem de dar aquela “piscadinha”. A mulher da qual ele se referia entre suas frases em um tom enganador parecia acreditar na conversa.  E isso que me deixa mais estarrecida. Já não é forte do sexo masculino se sustentar na verdade principalmente nesse período do ano. Como acreditar nessa história?

Perante isso já se deve deduzir o motivo do comportamento arredio do público feminino que é o mais genuíno resultado dessa enganação. Não é questão de serem difíceis de conquistadas, mas basicamente os homens não se dão ao valor. Pode parecer engraçado a forma como abordo, mas eles deveriam voltar a possuir tal nobreza de espírito.  Antigamente, no século IXI o comportamento em relação à mulher era de uma munificência esplêndida e arrebatadora. 

Certamente se pudéssemos ser transportados para outro século a mulher seria preenchida pelo romantismo que já não existe mais nos tempos de hoje. Só que o homem sentiria falta da libertinagem que hoje é vulgarizada a cada dia que se passa. É fácil julgá-las e dizer que o joguinho é só para mostram que sendo difícil terá um retorno de valorização. Isso é a conseqüência que os mocinhos trouxeram para a sociedade feminista em questão.