ϟ Sonho de Jornalista

Whitney Houston

Outra lenda perdida por causa das drogas

          Já está virando rotina ver nos noticiários, alguma matéria em que um astro conhecido mundialmente e que arraste milhares de fãs, tenha morrido tão cedo, por conta das drogas. Pelos corredores da fama, o sorriso era o reflexo do brilho nos “flashes”, a fama o alicerce do que foi conquistado e o dinheiro o resultado de que tudo o que quisesse poderia ter em mãos.  A máscara usada para ocultar a vida que de alguma forma deixava a desejar em algum aspecto.  E quando não se tinha mais o domínio era necessário se transportar para um mundo sem cobranças, sem paparazzi... 

         O único refúgio era uma substância que em primeiro momento trazia a falsa impressão de paz de espírito, mas que na verdade, manipulava para um panorama que o transforma em um trapo humano. A chamada normalidade do sucesso exacerbado. É assim que acontece. As pessoas são enganadas pelo que a mídia expõe sobre os artistas, camuflando uma realidade. Eles não são deuses ou anormais, pelo contrário, sentem, pensam e vivem como qualquer um.   Outra lenda perdida por causa das drogas foi a “Garota de Ouro”, Whitney Houston neste sábado (11), na véspera da maior premiação da música mundial, o Grammy. “A voz que a todos envolviam e provocava arrepios na espinha”, disse Clive Davis.

           A carreira artística de Houston andava ofuscada por problemas com drogas, bebida e um histórico de violência conjugal. Lutava contra a dependência química, para voltar a atuar nos palcos, porém sua vida pessoal atrapalhou os planos da cantora. Tinha casamento tumultuado com seu último marido, o cantor Bobby Brown, e não conseguia se desconectar do vício. No final de sua carreira, as vendas de seus álbuns diminuíram, e sua imagem serena foi abalada por um comportamento violento e aparições públicas bizarras. Ela confessou ter abusado de maconha, cocaína e comprimidos, e sua voz foi ficando cada vez mais rouca, fazendo com que ela não conseguisse atingir as altas notas que a tornaram famosa. "O grande mal sou eu. Não sou nem minha melhor amiga nem minha pior inimiga", disse a cantora em entrevista a Diane Sawyer em 2002.

            Ela vendeu 200 milhões de álbuns em sua carreira e chegou 30 vezes ao topo das paradas da Billboard, além de ter ganhado seis Grammys. Chegou a vender 55 milhões de discos, só nos Estados Unidos. O sucesso a levou da música para o cinema, atuando em filmes como "O Guarda-Costas", com Kevin Costner, e "Falando de Amor". Lançou sete discos de estúdio e tinha um previsto para este ano. Também estava previsto para agosto o filme musical "Sparkle", remake do trabalho de 1976 inspirados na história do grupo feminino The Supremes. Influenciou uma geração de cantoras como Christina Aguilera e Mariah Carey. Whitney também esteve no Brasil em janeiro de 1994, em um show solo no estádio do Morumbi e outro no festival Hollywood Rock, no Rio.

          Mensagens de pêsames logo começaram a ser postadas no Twitter de fãs chocados com a notícia e famosos entristecidos pela perda da artista. "Coração partido e lágrimas pela morte chocante de minha amiga... Ela nunca será esquecida como uma das maiores vozes que encantaram a Terra", escreveu Mariah Carey."Perdemos outra lenda. Amor e orações para a família de Whitney. Sentiremos sua falta", afirmou Christina Aguilera, enquanto Rihanna simplesmente postou: "Sem palavras! Só lágrimas #QueridaWhitney."