domingo, 11 de dezembro de 2011

"Se atropelar, eu pago fiança...
 Meu carro tem ABS e Airbag.".



            Cada dia que se passa vejo como os tempos mudaram. Posso sentir em breves leituras, principalmente sobre o regime militar,a força de vontade dos jovens idealizadores, os ativos e interessados na política do país. Que mesmo sendo censurados e oprimidos protestavam contra a repressão e total violação dos direitos humanos. Agora, em pleno século XXI, tendo acesso a mais informação, mais meios para se dizer o que se pensa e apontar o que realmente não está correto, enfim colocar a "boca no trombone", presencio a  quebra da lógica antropológica da sociedade. Um jovem chamado Luan Rocha, de 22 anos, foi entrevistado e zomba ao falar sobre a lei seca. O interessante é a pose dele, e a naturalidade ao dizer que é avisado via twitter onde estão as rotas da lei seca para evitar ser pego. A jornalista acha que ele está levando na brincadeira, mas ele mais uma vez diz com toda veemência: " Se atropelar, eu pago fiança... Meu carro tem ABS e Airbag.". 
             É com essa convicção que esses filhinhos de papai, que acham que são os donos do mundo e da verdade, semeia a semente para outros jovens a terem essa opinião e ajudar a bater recordes de mortes no trânsito. Daí surge os comentários a respeito do vídeo  defendendo o jovem dizendo que ele fez crítica social. Crítica? Mesmo tendo o slogan, "... o importante é se divertir."? A todos que sejam a favor disto, recomendo mais leitura e conhecimento, pois pior que ser ignorante é falar o que não sabe. O país é o que é muitas vezes pelos cidadãos que têm. Se todos forem apoiar conceitos desse nível, como poderemos progredir e reduzir índices de mortes tão absurdas?
             Só para termos uma ideia, cerca de 30 mil brasileiros são vítimas de acidentes com veículos por ano, uma marca detestável posicionando o país como o quinto em acidentes no trânsito. Pesquisa de alerta realizada pela Organização Mundial da Saúde. Onde 70% são jovens entre 18 à 25 anos. Agora não é só o caso da falta de fiscalização, mas sim o respeito à vida. Saber que aquela pessoa que está atravessando, por exemplo pode ser você sendo atropelado, e perder o resto dos seus dias em uma cadeira de rodas. Não é irônico. Todo motorista é pedestre. Se quiser ser respeitado, escutado e exigir seus direitos, comece a fazer o seu papel de cidadão antes de jogar pedra.

Um comentário:

  1. Karen Gomes
    adorei o blog, de verdade! Parabéns sua linda :*

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