sexta-feira, 7 de junho de 2013

Por que nos esquecemos de sermos gentis?


Sabe quando você acorda sem ter lembrado que viu o céu azul? Pois bem gracinha...  Foi exatamente assim que aconteceu comigo hoje. Correria com término do período e a gente não lembra nem o que comeu quanto mais que teve um momento em “transe” e observou o céu. Contudo, o que me trouxe aqui não foi essa falta de consideração com o de “lá de cima”, mas o encontro que tive com a Dona Grosseria.  Sim, esbarrei com essa criatura ao subir no terceiro ônibus do dia que estacionou de repente na Avenida Beberibe, cidade do Recife.  Localizou-se? Continue. Se não, só com o Google Maps, camarada... 

O motivo seria a dor de barriga do cobrador que implorou ao motorista que parasse perto do supermercado e realizasse o seu sonho de sentar no “trono” e descer o barro. (risos) O tempo estava passando e o meu atraso aproximando. Olhava para os lados e ainda não tinha entendido a situação. Claro, com fones no ouvido quem vai escutar alguma treta que está acontecendo?  Queria me desligar um pouco do mundo e tentar relaxar, pelo menos enquanto estava no trajeto do trabalho.  Só que algo me perturbava... A expressão de preocupação da senhora que estava sentada na cadeira da frente na mesma fileira. Foi então que de repente, a velha levantou e resmungou.  Aí a ficha caiu e resolvi perguntar: 

- O que aconteceu?  O ônibus parou de repente... Ele quebrou? 

A mulher virou com uma levantada exótica na sobrancelha e respondeu: 

- Se tivesse quebrado o motor não estaria ligado! Menina besta!  Oxe!  

Um garoto perto da porta de saída dos passageiros olhou e soltou aquele “risinho irônico”.Nessa hora pensei na mesma ironia usada como resposta pelos meus companheiros de sala da faculdade: “Apois sim viu”.  Mas, preferi ficar calada. Todos decidiram descer.  Esperamos e subimos em outro ônibus (quarto do dia) da mesma linha.  Sentei ainda surpresa com a resposta e tentei novamente “fechar meu mundo para visitação” quando o menino bate no meu ombro e diz:

- Fica assim não, esse povo daqui é grosso mesmo!

Respondi com um sorriso e aquela frase ficou na minha mente...  É, realmente a estupidez é tão rotineira que para a maioria ela já está no "automático".

Acredito que a culpa é da rotina que cegamente empurra o “Sr. Interesse” para atropelar o outro que na sua visão é um obstáculo.  Nesta insensibilidade, você vai agindo e se relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma mais apressada e automatizada, sem se dar conta disso. É por isso que, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal. Que tal praticarmos? Bom, depois desse momento psicológico ao longo do caminho cheguei com vida ao meu terceiro lar – primeiro: casa, segundo: faculdade, terceiro: trabalho entendeu né? – Agora vou indo que  mesmo soando como “pleonasmo” ainda tenho que estudar para a prova de psicologia em plena sexta-feira.

Um comentário:

  1. Faço das suas palavras as minhas, Sabbahana. Adorei seu blog! Parabéns! Fiquei sabendo do que houve, das postagens excluídas...
    Depois faz um post falando sobre isso ? Beijão

    PS: Quero saber o motivo...


    ass: vitor andrade in twitter

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